Medicina Interna
A Medicina Interna, de vocação essencialmente cognitiva, dedicada a tratamentos “médicos” (não cirúrgicos), é uma especialidade que se distingue da Medicina Geral e Familiar por ser exclusivamente dedicada a doentes adultos, por ser vocacionada para a complexidade e por ser predominantemente hospitalar.
Contrariamente à maioria das especialidades, que se definem por se dedicarem a um determinado órgão ou sistema (ex: Cardiologia, Nefrologia) ou a um determinado tipo de doenças (ex: Oncologia), a Medicina Interna define-se como uma especialidade mais de doentes do que de doenças. Ou seja, o internista é um médico que dedica a sua atenção à pessoa como um todo e que se distingue por ser o perito na abordagem clínica exaustiva de cada doente. Daí decorre que seja um médico particularmente apto a lidar com doentes complexos, com múltiplas doenças, com doenças que afetam vários órgãos ou sistemas, assim como com pessoas com doenças raras ou com quadros clínicos difíceis, ainda sem diagnóstico.
Em resumo, o internista corresponde ao modelo ideal que as pessoas em geral têm do médico: alguém que escuta o doente, que lhe dá tempo e atenção, que o trata com respeito e humanidade, que o informa adequadamente, que conhece as suas prioridades; alguém que se preocupa e que é exaustivo, estudioso, culto, interventivo mas sensato, capaz de dar resposta à maioria dos problemas médicos que se lhe apresentam e com grande sentido ético.
Bibliografia: www.spmi.pt/documentos
Autor
Fábia Patinha, Médica Especialista em Medicina Interna (OM52230)
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