A Psicologia é a ciência que estuda a mente humana e o comportamento, abrangendo uma ampla gama de aspetos do comportamento humano, como cognição, emoção, perceção, personalidade e desenvolvimento humano.
O comportamento humano
O comportamento humano é influenciado por uma panóplia de fatores, incluindo a biologia, a cultura, as experiências vivenciadas e a personalidade. Todos estes fatores são potenciais desencadeadores de comportamentos adaptativos ou, por outro lado desadaptativos, que poderão contribuir para a manutenção da Saúde Mental, ou o reforço de algum desequilíbrio emocional.
A Psicologia oferece uma compreensão científica dos fatores que influenciam o comportamento humano, permitindo que os Psicólogos apliquem esse conhecimento para ajudar as pessoas a enfrentarem desafios emocionais, comportamentais e relacionais.
Cada indivíduo experiencia e codifica as suas experiências de acordo as diversas variáveis, já referidas, que vão construindo padrões mentais, como verdades absolutas, as suas verdades.
Os padrões mentais denominam-se de pensamentos automáticos, ocorrem quase que instantaneamente e sem esforço consciente, e podem afetar significativamente o comportamento humano. Esses pensamentos são baseados em experiências passadas e na perceção individual de uma situação e que provocam uma reação emocional. Por isso é que é tão fascinante estudar o comportamento humano, pesa embora o facto de existirem formas de mensurar as emoções e comportamentos, assim como existirem determinadas psicoterapias e abordagens mais adequadas para cada problemática, cada caso traz consigo várias experiências e vivencias que vão moldado os seus padrões mentais e a forma como recebem e percecionam os estímulos que vão acontecendo à sua volta.
Os mecanismos de coping
Em resposta às emoções que foram ativadas pelos pensamentos automáticos ocorrem os mecanismos de coping. Estes mecanismos são estratégias que as pessoas usam para lidar com a ansiedade, o stress e as adversidades que vão enfrentando. Estas estratégias servem para provocar uma adaptação mais assertiva do indivíduo aos problemas do quotidiano e às vulnerabilidades que este pode sofrer. Não existe um padrão ideal de coping, uma vez que, cada pessoa tem a sua perspetiva do mundo, das situações que enfrenta e da maneira como as sente. A partir desse raciocínio, pode-se afirmar que a estratégia mais adequada para uma pessoa, pode ser entendida como negativa e desprovida de vantagens para uma outra pessoa. Por essa razão, uma das formas de aperfeiçoar estas estratégias é promovendo o insight e autoconhecimento, para que o indivíduo esteja mais consciente das suas respostas às mudanças e adversidades que vai sofrendo e aprender a lidar com elas de forma mais assertiva.
Os pensamentos automáticos podem desencadear diferentes mecanismos de coping em diferentes indivíduos. Por exemplo, uma pessoa que tem um pensamento automático negativo pode recorrer a um mecanismo de coping como o evitamento, tentando afastar-se da situação que está a causar desconforto, ou até, sofrimento emocional.
Os mecanismos de coping podem ter efeitos positivos ou negativos no comportamento humano. Mecanismos de coping saudáveis podem ajudar as pessoas a lidar com as adversidades de forma eficaz, aumentando a resiliência, a autoconfiança e a capacidade de enfrentar futuras situações desafiadoras. Por outro lado, mecanismos de coping menos saudáveis, como o uso de substâncias, o isolamento social ou a procrastinação, podem ter efeitos negativos na saúde mental e no bem-estar.
Em última análise, a maneira como os pensamentos automáticos afetam os mecanismos de coping e o comportamento humano pode variar significativamente de pessoa para pessoa. É importante que saiba reconhecer os seus próprios padrões de pensamento e mecanismos de coping e perscrutar formas saudáveis de lidar com os obstáculos e desafios, possíveis situações traumáticas e experiências especialmente impactantes, como o apoio social e o desenvolvimento do autoconhecimento.
Destaca-se, contudo, a importância de saber reconhecer quando não consegue ultrapassar esses obstáculos sozinho e ser corajoso o suficiente para procurar ajuda de um especialista.
Autora
Vitória Ferreira, Psicóloga Clínica (CP O.P.P 27809).
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